Esquizofrenia e suicídio
Texto de Dr. Leonardo Peron
Muito se fala em suicídio e
comportamentos auto-lesivos hoje em dia, especialmente pelo aumento na
prevalência de ambos. Porém o risco de autoextermínio não está apenas ligado a
pessoas que passam por períodos depressivos, estando muito aumentado na
população portadora de Esquizofrenia.
Num estudo de 2010, Hor e Taylor
(Suicide and Schizophrenia: a systematic review of rates and risk factors),
analisando diversos artigos relacionados ao tema, chegam à conclusão de que a
taxa de suicídio ao longo da vida de uma pessoa portadora de Esquizofrenia é ao
redor de 5%, se mostrando muito mais elevado que a população geral. Concluem,
ainda, que a principal forma de proteger esses indivíduos do auto-extermínio é
o tratamento adequado, com melhor controle dos sintomas psicóticos e das
comorbidades existentes.
Para aqueles que pensam que
suicídio é um ato imprevisível, e que a pessoa quando “decide se matar” o
executa de imediato, vale a pena perder alguns minutos assistindo o
documentário A Ponte (The Bridge 2006). Nele, num jogral dramático entre belas
imagens da ponte Golden Gate em São Francisco e chocantes registros de
suicídios nas águas frias do Pacífico californiano, se pode chegar a conclusão
de que há sempre espaço para a busca de saídas ao sofrimento humano, mesmo
quando se está em cima de uma ponte e olhando para baixo.
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